terça-feira, 1 de março de 2011

Luz e Vida

A bruxa do 120 Jb.campos

Neste pequeno romance de auto ajuda, pretendemos conscientizar o leitor através de enfoques simulados, pelos conhecimentos, e análises do meio, pelos quais formam-se as personalidades e atitudes humanas.
Boa leitura.
O autor.

Escrevemos na terceira pessoa, porque estamos unidos na etericidade cósmica, e essa escrita não depende somente do autor, o que não impede deste falar parcialmente...
A sinonímia da palavra bruxa, não é realmente muito elogiosa, porém, nós vislumbramos com nossa visão exterior, e bem por isto externamos sentimentos precipitados...
Shirley, a nossa personagem, era literalmente vista como uma bruxa, seu estilo irreverente, trajando-se quase que integralmente de preto, com quebra do tom amarelo e do vermelho, era uma visão estranha, e isto cooperava em apologia ao seu mundo misterioso.
Diferentemente dos sinônimos abaixo, era de uma beleza ímpar, quando da sua idade madura, ao menos quando a vi pela primeira vez, muito bonita realmente, mas, uma formosura muito forte, dominadora, parecendo-me um encantamento.
Há alguns anos não a vejo, perdi o contato, até por distanciamento talvez, ou pela distração com a lide da vida moderna, ou puramente por ser ela extremamente ocupada com seus consulentes, este deve ser o maior motivo da nossa falta de contato.
Adorada por uns, odiada por outros, não se pode “agradar gregos e troianos” – vejamos o que aconteceu com João Batista o predecessor de Jesus seu primo, e ao próprio mestre, o Cristo.
Mateus: 11
15 Quem tem ouvidos, ouça.
16 Mas, a quem compararei esta geração? É semelhante aos meninos que, sentados nas praças, clamam aos seus companheiros:
17 Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamos lamentações, e não pranteastes.
18 Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio.
19 Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores. Entretanto a sabedoria é justificada pelas suas obras.

Jesus, longe de ser bruxo no entendimento religioso, portanto, cruxificaram-no impiedosamente, e seu predecessor, que veio para lhe preparar o caminho, sendo o mais santo entre os homens, diziam ter demônios, e deceparam-lhe a cabeça...

Mateus: 11
11 Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior do que João, o Batista; mas aquele que é [o menor ]no reino dos céus é maior do que ele.

Shirley, certa vez se submeteu a uma psicoterapia, TVP – Terapia de Vida Passada, e constatou-se ter sido bruxa em outra vida, e fora queimada viva, pela “Santa Inquisção” – então podemos notar uma similaridade entre aqueles que se dedicam aos estudos extra-sensoriais, é bem difícil avaliar os sofrimentos, pela morte de cruz, pela decaptação, ou pelo fogo, e além do mais, pela expectativa de tais mortes, até porque estamos tratando de seres clarividentes...
O que podemos afirmar categoricamente é, quase todos foram mortos pelos religiosos e “santos” desta terra.

Salomé pede a morte de João, o Batista, por ele criticar sua mancebia com o rei.

Mateus: 14
8 E instigada por sua mãe, disse ela: Dá-me aqui num [prato] a cabeça de João, o Batista.

Segundo os etimólogos da nossa língua, eis as comparações com o verbete bruxa:

1. (S.)
Bruaca, bruxa, canhão, carcaça, coruja, cuca, jabiraca, medusa, megera, muxiba, seresma, serpe, serpente, urucaca, xaveco
______________________
2. (S.)
Benzedeira, bruxa, carocha, estrige, feiticeira, maga, mágica
Sinônimos fracos
Sibila
______________________
3. (S.)
Mariposa

Os religiosos condenam tanto a prostituição, mas, é a “profissão” mais velha da natureza, e se nos parece impossível o seu impedimento, nela se insere a necessidade básica do ser humano, haja vista a demografia mundial, produtora de fome, quiçá de uma hecatombe mundial.
Nenhuma apologia à prostituição, ao contrário, quiséramos evitá-la, sabedores que somos dos seus transtornos, agora o que estamos escrevendo, é muito diferente de um julgamento, principalmente dado às bruxas medievais, com o fogo ardente a consumir-lhes o corpo vivo...

O teu irmão está aí, bem perto de ti, faças dele o que quiseres, porém, lembras-te, tu colherás o fruto da árvore que plantares!

O silêncio

Era madrugada silenciosa, insone encontrava-se Shirley, não dormira nada... como sempre, porém, meditava profundamente em sua vida de jovem solteirona de trinta e cinco anos de idade.
Não quisera mais saber de homem em sua vida, sofrera algumas decepções com seus namorados e, colocou-se como uma reles mortal diante da vida que levava, juntamente com sua sofrida família.
Shirley apenas sobrevivia, como era acostumada a expressar-se quando alguém lhe saudava:
- Como vai, Shirley?
- Sobrevivendo, obrigada!
Assim respondia laconicamente a virtuosa bruxa, acompanhada de seus dotes maravilhosos, nascera com eles, eram parte de sua missão, e por assim ser era mal-entendida pelos namorados e noivos que cruzaram o seu caminho.

O Acidente

Aqui, começa o seu primeiro drama amoroso, ao 17 anos enamorou-se de Tavares, jovem talentoso e apolíneio (belo como Apolo), e por que não dizer também: hercúleo (forte como Hércules), posto que o mancebo era halterofilista.
O sonho de Tavares era ser campeão desta modalidade de esporte.
Tavares tinha 23 anos de idade, e foi num desses encontros, em uma lanchonete de cidade pequena, que houve um estranhamento, já que os opostos se atraem, lá num canto sombrio, bem enfurnado do salão, ao som de “bossa-nova” moderado, parlamentavam os dois extremos, Shirley e Tavares.
Naquela penumbra, a bruxa teve uma de suas costumeiras visões, com as quais Tavares nem imaginava existir, não cria em tais “besteiras”, segundo suas próprias palavras, achava que não passava de ficção inventada pela mídia para faturar com as superstições dos homens religiosos.
Nada muito sério, mas, para Tavares, aquilo foi chocante...
Diz-lhe, a bruxa do 120:
- Tavares, vejo seu pai caído numa mata densa, e amarrado, e alguns homens encapuzados perto dele!
- Vamos embora, averiguar o que está acontecendo.
Tavares, gargalhou muito, e acabou levando um bofetão no rosto, aplicado por Shirley.
Para um cara machista, que viu sua mãe até apanhar de seu pai, aquilo foi o fim da picada...
Porém, conteve-se e, apenas perguntou:
- Por que fez isto Shirley, você está louca?
Retruca-lhe a namorada.
- Louco está você, sabendo que seu pai corre risco de morte, se já não estiver morto, e começa a rir da minha cara, pois, o que estou lhe dizendo é muito sério e grave.
Shirley, sai em disparada, indo em direção à casa do namorado, que morava com os pais, enquanto, Tavares pede mais uma bebida e continua por ali, pensando profundamente nas atitudes de sua amada, na mais profunda decepção, e na intenção de terminar com aquele namoro esquizofrênico...
Após uma hora, aparece um policial à procura de Tavares, com a funesta notícia de que seu pai teria sido vítima de um seqüestro, e infelizmente viera a falecer.
Tavares, tinha seu pai como seu melhor amigo, posto que era filho único, e vivia enrabichado com o velho, geralmente estavam juntos grande parte do tempo...
O jovem amofinou-se tanto, que necessitou de uma internação psiquiátrica, e Shirley jamais deixou de visitá-lo por 6 meses consecutivos, dando-lhe uma assistência especial, pois, seu tio era diretor daquele hospital de repouso, e lhe permitia aquela liberdade, conhecendo seus dotes, e suas visões, pois também era espiritualista.
Bem... o nosso halterofilista em sua vaidade física, usou naquela época dose excessiva de anabolizante, e em conseqüência desse exagero, estava depauperado (desgastado) em sua saúde
Doutor Mamede, clínico geral, especializado em psiquiatria, era famoso pelas suas estranhas atitudes, era muito comentado na cidade, sendo que ao examinar um paciente, na realidade não o fazia, apenas limitava-se em ouvir os queixumes de seus doentes e simplesmente receitava remédios acertadíssimos, dentro de um ritual que fazia o paciente estranhar sobremaneira.
Com o cotovelo do braço esquerdo fincado sobre a mesa, com a mão esquerda segurando a testa, escrevia com a mão direita, como se tivesse incorporado por algum médico de além-vida, ou de além-morte, na realidade ele psicografava suas receitas, através de um espírito médico, fato que a Ordem Médica abominava, e o chamava às vezes para dar explicação do inexplicável...
Suas explicações eram simples, dizendo que usava seus conhecimentos com o grande aval espiritual, e que este fato não feria o conceito da medicina, que não pode intervir na crença religiosa de ninguém, e ainda ratificava:
- Os senhores têm alguma acusação, que possa desabonar minha conduta médica no sentido literal de ter causado algum mal a um de meus pacientes?
Como isso não existia, ninguém da Ordem Médica podia corrigi-lo, a não ser pedir-lhe desculpas.
O jovem Tavares se recuperou do trauma, mas, lhe restaram algumas seqüelas, as quais Shirley sempre lhe explicava como um renascimento.
Qualquer trauma, faz com que a pessoa nasça novamente, tornando-se uma consciência renovada pela dor.
Tavares, agora dedicava-se aos estudos esotéricos, deixando sua vaidade pessoal, cuidando mais do seu ego, juntamente com a bruxa do 120, apenas como bons amigos, ou melhor: mestra e discípulo.
Aquele namoro, foi apenas um pretexto astral para unir duas almas missioneiras desta vida, no cumprimento de suas missões.
Shirley fora de família nobre e abastada, porém, a vida sempre está a surpreender os mortais.
Peças que a vida nos prega, surpreendendo-nos na caminhada ao infinito...
Seus pais se perderam no vício da jogatina e, acabaram por perder seus bens.
E, pegando um gancho no vício do jogo, é algo realmente inexplicável, alguém viciar-se no jogo, se nos parece algo insípido (sem sal, sem tempero) que prende o viciado em sua teia malígna, porém, como o jogo existem os vícios sutis de nossas mazelas na nossa vida, podemos ver pessoas muito religiosas, “imaculadas”, porém, fofoqueiras, mexeriqueiras, enfim, cegas, não vendo o mal que causam com seus pensamentos plasmados em palavras, que podem destruir famílias, com suas fofocas...
A língua é como a espada, tem dois gumes, que cortam para o bem, ou para o mal, é bom precatarmo-nos...
Tiago: 3
5 Assim também a língua é um [pequeno membro], e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia.

Vícios, realmente a mente do homem descontrola-se diante dos valores mentais que são registrados nas nossas atitudes, uns pelejam pela necessidade premente de sobrevivência, e outros valores, na ociosidade do conforto, e mentes doentias ficam baralhadas...
Shirley sempre acossada pelos sonhos e espíritos, que queriam transmitir-lhe informações do futuro.
Acompanhando o mundo dos vivos, Shirley tornara-se uma cartomante nimbada de muita consideração no seu metiê.
Ao ler cartas aos seus consulentes, deixava muito claro e evidente que, suas previsões poderiam ser mudadas, pois, quem consulta as cartas pode transformar o seu caminho pela sua fé, sempre explicando que, era para isto que elas, as cartas serviam, exatamente para alertar o consultante...
A bem da verdade, as cartas são um pretexto para uma premonição, talvez, como uma imagem de escultura da religião, para fixar a idéia de verdade e de força divina sobre o fiel da igreja.
A cartomante que se preza, geralmente fica incorporada no momento em que se entrega à sua atividade de ajudar o seu consulente, normalmente essa incorporação é bastante discreta, e acontece pela incorporação medianímica intuitiva, ou inspirada.
Poderíamos dizer que, trata-se de um momento especial, onde se processa um ritual mágico, e os espíritos trocam informações entre dois seres encarnados.
Ao se ler as cartas, as quais são viradas “aleatoriamente” pelas mãos dos interessados, dá-se o descompromisso geral.
É o jogo das cartas, como o jogo da vida, ela é um jogo e devemos jogar com consciência, sempre esperando pela sabedoria etérea, ou divina, e aqui cabe sempre a boa intenção, esta é a melhor virtude do homem, a boa intenção!
Shirley, viajou muito pelo mundo afora, visitando lugares místicos e presenciando coisas do arco da velha, quase normais à ela.
Viagens custeadas pelos seus endinheirados pais, em épocas de “vacas gordas” como sempre citava essa passagem, que fez a ascensão de José do Egito, conforme relatos bíblicos:

Gênesis: 41
18 e subiam do rio sete [vacas gordas] e formosas à vista, e pastavam entre os juncos.
20 As vacas magras e feias devoravam as primeiras sete [vacas gordas].
Nessa passagem da bíblia, José desvenda o significado do sonho de faraó...

Já fora rica, e agora sobrevivia apenas, morando numa casa bastante modesta e, sobrevivendo de suas leituras de carta, pois, seus consulentes pagavam-lhe as consultas etc...
Fato que no início não se dava, quando bem aquinhoada (endinheirada), nada cobrava apenas o fazia por puro prazer de ajudar seus consultantes.
Em seus últimos dias, tornou-se uma profetiza de primeira linha, quase não fazia mais uso da tarologia, pois, quando seu consultante adentrava o recinto, já ia dizendo-lhe seu futuro etc.
Certa vez foi perquirida a explicar; por que suas previsões pendiam mais para as situações desagradáveis na vida das pessoas...
Sua resposta foi lacônica:
- Desagradáveis pela óptica humana apenas, o ser humano somente pensa nos bens desta vida, e quando queremos livrá-los do mal, como reza o trecho do "Pai Nosso", não se sentem confortáveis...
Insistiram nas suas explicativas e, não se fez de rogada:
- Bem, meus irmãos, vou consultar os oráculos e colocar no papel, a resposta de suas perguntas, neste exato momento.
Naquele instante começou a psicografar a seguinte mensagem:

Maneiras de causar a dor

Propomos aqui vislumbrar muitas maneiras inconscientes de causar a dor ao nosso próximo.

Controle mental consciente:

Ao se ser admirado, poderá causar profunda dor ao seu irmão, até porque, poderá concitá-lo a incorporar suas qualidades carismáticas, virtudes ímpares, já que você é um ser diferenciado.
Motivos pelos quais, existem as disputas acirradas, ferrenhas e aguerridas pela sobrevivência humana, e isto pode levar ao caos.
Nos primórdios da humanidade tivemos conhecimento do primeiro homicídio humano, Caim matou Abel, pelo ciúme, ou pela inveja...
- Imagine... um irmão matando o próprio irmão.

Gênesis: 4
25 Tornou Adão a conhecer sua mulher, e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me deu outro filho em lugar de [Abel]; porquanto Caim o matou.

Gênesis: 4
8 Falou [Caim] com o seu irmão Abel. E, estando eles no campo, [Caim] se levantou contra o seu irmão Abel, e o matou.

De lá para cá pudemos ver quantos matricídios, parricídios, genocídios, e atrocidades mil se sucederam.
Então não podemos desconhecer a maldade que assola este planeta de recuperação.
Se você pensa estar em algum lugar de beneplácitos mil, está redondamente enganado, você terá de tirar de dentro de si esse paraíso, então saiba, a felicidade é inteiramente intrínseca, ela encontra-se dentro de você!
Vamos discorrer sobre essa visão mental estouvada do ser humano, ignominiosa visão oculta, velada, do próprio homem que olha, vê, porém, nada enxerga na sua mais profunda essência.
Como se você visse um belo automóvel por fora, que lhe tirasse o fôlego, tal o seu status e beleza, porém, desconhecesse o seu conforto interno.
Então o homem, é vítima de sua própria visão, de sua ilusão de óptica, ou de sua cegueira espiritual.
"A inveja dói!", e instiga à contenda o invejoso!
Consciente destes fatos, a mente evoluída irá cooperar, auxiliando o doentio invejoso que, pela própria inveja poderá cometer crimes atrozes, através desta enfermidade transcendental e, que a ciência jamais teve acesso...
É a doença d’alma, para ficar até mais onírico e parnasiano.
Digamos que você possua um suntuoso automóvel do ano, e use-o para causar inveja ao seu irmão, aquele companheiro, ou concorrente do seu cotidiano, pois, nada mais malévolo do que sua intenção, do que o seu pensamento, do que a maneira cega de você pensar.
Você estará provocando dor profunda no invejoso, e ele é seu irmão, ele é você, ele é um pobre e doentio ser humano!
- E você, desculpe o verbete chulo, é um burro que não enxerga!
Isto é, muito ruim à sua mente subconsciente, posto que, isto voltará a você incontinentimente.
Daí você ver alguém... pseudo bondoso a sofrer, e não saber a causa desse sofrimento, pois, saiba são as malévolas intenções que o assolam constantemente.
Isto tudo não quer dizer que você não possa possuir os bens desta vida, não, que você os possua, porém, com a mente mais cristalina possível, e despojada, e sem a mácula da intenção deturpada.

Na nossa intenção mora o maior perigo, creia!

Se alguém tenta com plena intenção matar seu próximo, e por algum acidente de percurso não o faz, obviamente já o fez!
É um fato consumado no seu mundo astral.
Aquele que faz um trabalho de macumba para matar alguém, e não consegue, já consumou o fato na sua intenção, e não vai conseguir enganar a Deus e à sua consciência, que virão cobrar suas obras.

Gálatas: 6
7 Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.

Jesus, o Cristo, disse: "Aquele que olhar a uma mulher com olhar impuro, na verdade... na verdade vos digo: já adulterou com ela."

Mateus: 5
28 Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério [com ela].

O apóstolo Paulo, disse: "Se comer carne e beber vinho escandalizar o meu irmão, então deixarei de fazê-lo."

Romanos: 14
21 Bom é não [comer carne], nem beber vinho, nem fazer outra coisa em que teu irmão tropece.

Não queremos a sua santimônia (santidade-fanática), queremos sim, a sua consciência, pois, você não está sabendo pensar e, isto é mais complicado do que você possa imaginar...
A frase já ouvida por você: "Fulano é maldoso", faz parte deste contexto.
Encontramos nos Evangelhos de Jesus, onde Ele se refere às crianças, exortando aos adultos a pensarem como elas, pois, a maldade ainda não fez morada absoluta na sua mente e no seu coração.

Mateus: 18
3 e disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes [como criança]s, de modo algum entrareis no reino dos céus.

E, deixe de ser bobo, pois, o céu é o seu coração e, nele já está o seu juiz a julgar seus atos, podendo torná-lo seu inferno!

Lucas: 17
21 nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está [dentro de vós].

E, por aventarmos em céus, e se esta palavra aparece literalmente no plural nas mais diversas pregações religiosas, é porque existem céus, e mais céus, ou seja planos, aos quais nós nos referimos como esferas, mundos, e por aí vai...
E ratificamos as palavras de Paulo, o apóstolo de Jesus, o Cristo:

II – Coríntios 12

7 Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.

Continuava Shirley, a bruxa, escrevendo incessantemente:
A espontaneidade de uma criança, é algo inusitado e formidável...

Ouvir com tolerância e complacência as lamúrias dos oprimidos é, uma bela e agradável maneira de amenizar a sua dor.

Alimento da alma:

Hebreus: 5
12 Porque, desde a infância sabes as sagradas letras, que podem necessitais de que se vos torne a ensinar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e vos haveis feito tais que precisais de leite, e não de [alimento ]sólido.

O alimento mental é, necessidade básica do homem e, quando este lhe falta, ele torna-se um doente de alta periculosidade, e às vezes comete balbúrdias, e até o suicídio.
Por isto todos nós temos a necessidade imperiosa do contato físico-mental com o próximo.
Vamos rivalizar este tipo de alimento, pois bem:
Analise o seu corpo físico e, atribua a ele sua análise, friamente... você tem braços e pernas perfeitos, vamos simplificar de acordo com a anatomia humana, cabeça, corpo e membro, então parece tudo estar perfeito.
Porém, no interior de sua cabeça, lá no seu cérebro, existe uma pequeníssima veia que você desconhece, você não a enxerga, e ela acaba de ser obstruída, e você sofre um derrame cerebral e todo o seu castelo corporal é derribado, e contundentemente é levado a óbito.
Aquilo que lhe parece inofensivo, ao seu irmão poderá ser o deletério (doença) transformando-se em óbito do corpo e alma...
A alma não morre, apenas sofre metamorfoses de vidas.
Porém, essas situações todas provocam dores alucinantes e profundas à alma encarnada e sofredora.
Os grandes aglomerados de seres humanos demonstram especificamente isto, a necessidade do calor humano!
Até se nos parece que, os grandes luminares da humanidade fizeram questão irrestrita de levar uma vida de humildade extremada, foram pessoas simples, e estavam com freqüência apregoando o amor e, o despojamento material, para evitar o sofrimento da separação de algum bem ilusório da vida...
Judas Iscariotes, um dos doze discípulos de Jesus, entregou o Mestre ao suplício do calvário, por apénas 30 moedas de prata, pois, estava apossado por uma força maligna, com certeza pelo espírito da inveja e da cobiça, aquele que concita o homem a matar até a própria mãe, pelos bens efêmeros desta vida, e isto é uma enfermidade d’alma muito grave, doença alguma desta vida compara-se à ela!

Gálatas: 5
26 Não nos tornemos vangloriosos, provocando-nos uns aos outros, [inveja]ndo-nos uns aos outros.
A inveja é, um sentimento que aguça a concorrência cega, sem ética, sem senso etc...
A inveja maquiavélica e oculta, traz em si o cinismo frio e calculista, é totalmente hipócrita e impiedosa!

Romanos: 1
29 estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de [inveja], homicídio, contenda, dolo, malignidade;

Intrigas e mexericos e outras baixezas são frutos da inveja!
Então... enxergue este sentimento malévolo com benevolência e amor, e agradeça aos céus por ter-se livrado dessa maldição que solapa a saúde psicossomática (mente e físico) da humanidade.
A inveja é um deletério profundamente contagioso, que leva o paciente à degenerescência plena, seu portador fica literalmente cego de mente, seu efeito é pior do que a dos alucinógenos que transformam o seu usuário em um verdadeiro monstro, que nada respeita em prol do seu profundo egoísmo.
Shirley, era considerada verdadeira bruxa, pois, era enfaticamente ecumênica, porém, não freqüentava nenhuma igreja, então aos olhares religiosos era simplesmente herética (herege-atéia).
Entregando aqueles escritos à sua platéia, deixando-a boquiaberta por tanto conhecimento, que não era seu, e sim dos seus mentores espirituais.

Após transcrever estes ensinamentos, passou a escrever a virtude que antagoniza-se com a inveja:

Como causar alegria

Como causar alegria e amor ao próximo:
Jesus deixou um ensinamento muito profundo aos humanos, mostrando "claramente" o caminho das pedras, mas, apesar de se nos parecer muito simples, implica na profunda sabedoria de conviver com o próximo que, na realidade é a arte mais intrincada, que sobrepõe todas as demais, pois, não dá para resolvê-la através de regras matemáticas, pois, esta estrada é cheia de surpresas, nela podemos encontrar asfalto de primeiro mundo, bem como buracos de uma Transamazônica, é impregnada de nuanças etc...

Jesus também disse: "Se alguém pedir para você andar mil passos, ande dois..."

Mateus: 5
41 e, se qualquer te obrigar a [caminhar] mil passos, vai com ele dois mil.

Aqui, Ele nos ensina a termos paciência com a ignorância doentia de nosso semelhante.
É doído tolerar um arrogante e doentio, que se estriba num pedaço de papel chamado diploma, ou título, ou um amontoado de dinheiro apropriado da miséria humana etc...
Pois, fazer a alegria desse safardana e sacripanta é, realmente uma provação sem igual àquele que evoluiu um pouquinho na escala da eternidade...
A humilhação do Cristo foi algo estonteante, assim como milhares de humilhações que a vida se nos oferece.
Pagar o mal com o bem, dar a outra face do rosto como exemplo de humildade e resignação para ser batida é uma verdadeira façanha...

Mateus: 5
39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na [face] direita, oferece-lhe também a outra;

Alisar o ego do próximo, tudo isto faz a sua alegria e, é melhor do que bater de frente, ou recalcitrar contra os aguilhões.
Não se trata de omissão, ou conivência, pois, estamos tratando da cegueira mental, então esta é, a maneira mais premente de você guiar o seu estúpido e doentio irmão, tomando-o pela mão e conduzindo-o ao caminho plano, impedindo-o de cair nas ciladas ardilosas de espíritos atrasados e ignorantes que, precisam também de luz, cuja luz, é exatamente você.
E, não se deixe guiar pelos cegos deste mundo, que são os hipócritas legalizados, talvez bem representados pelos maus políticos desta terra, olhe só o que acontece a quem, cego se deixa guiar por outro cego:

Mateus: 15
14 Deixai-os; são guias cegos; ora, se um [cego guiar] outro cego, ambos cairão no barranco.

Lucas: 6
39 E propôs-lhes também uma parábola: Pode porventura um [cego guiar] outro cego? não cairão ambos no barranco?

Você é o verdadeiro candeeiro de muitas almas ignóbeis, ignaras, e ignavas, estamos acentuando estes verbetes, porém, sem a menor arrogância, apenas para que você entenda, se o seu linguajar for mais baixo ainda.
Seja a luz do mundo e o sal da terra...

Mateus: 5

13 Vós sois o [sal da terra]; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.
14 Vós sois a [luz do] mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;

Simule estar aceitando, concordando sutilmente com as atitudes do seu irmão, mesmo estando ele errado, até porque nunca irá convencê-lo, estamos dizendo que ele é cego, e se você enxerga aquilo que ele não quer enxergar, a sua única saída é a tolerância.

"O pior cego é, aquele que não quer enxergar!"
O apóstolo Paulo, escreveu: "Faça-se de fraco para com os fracos e de forte para com os fortes..."

I Coríntio: 9
22 Fiz-me como [fraco ]para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.

Ao você ver um pouquinho mais do que o seu irmão, então resta-lhe ensiná-lo pelo seu exemplo, pelas suas atitudes ele irá assimilando, já que você é luz emanante de bons pensamentos, passará a ser admirado pela sua conduta, fazendo-o vir também à luz do conhecimento evolutivo.
E, quando o seu irmão começar a tirar o argueiro que se encontra na sua visão mental, começará a sentir aquela alegria sem causa, que é o nirvana do autoconhecimento.

Porém, cuide de dar o exemplo:

Mateus: 7
3 E por que vês o [argueiro] no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho?

Porém, para você fazer o seu irmão feliz, aliás, a nossa estada neste mundo escabroso, redunda exatamente neste fator preponderante que, em síntese é, o amor.
E, para você amar, implica em muita sabedoria.
O mundo não está preparado para ver e entender aquilo que você está vislumbrando e, atônito, chama-o de louco, pois, a sua “sabedoria” implica em loucura àquele que estupra, seduz à morte, rouba, e destituído de ética se acha “honesto, bondoso e até faz muita caridade”, mas, com o próprio dinheiro usurpado da miserabilidade humana.
Não vamos esquecer dos lindes que delimitam o nosso amor, pois, amar pode deixar de ser amor, quando passa a ser conivência com a maldade de nosso irmão, ou conveniência terrena.
Então temos de frisar: "Seja inocente como a pomba e prudente como a serpente."

Mateus: 10
16 Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede [prudente]s como as serpentes e simples como as pombas.

Faça o seu irmão feliz, com a sabedoria de não provocar a dor da inveja, do ciúme, da ira, do ódio etc...
Os grandes conhecedores destes malfadados sentimentos, agem à maneira escorreita (certa), condescendendo com seu semelhante, com a mente impoluta, faz-se amorável e cristalina criatura, fazendo fluir o seu carisma etéreo!
É consciente destes dotes, e jamais torna-se cabotino, envaidecido com seu carisma, pois, reconhece plenamente a sua condição de mero e pobre mortal.
A jactância (vaidade) espiritual leva o espírito envaidecido e ensandecido à derrocada, pois, o universo é infinito e, qualquer ser mortal não está outorgado a sobrepujar a sabedoria universal.
Quando enxergarmos que estamos vendo, veremos o quanto ainda somos cegos!
Shirley, escreveu mais ainda... sobre o comportamento humano no seu mais requintado estado de amor ao próximo.
A bruxa fora tristemente caluniada, e ameaçada muitas vezes... como realmente acontece sempre, às pessoas aquilatadas do nobre estado de espírito benfazejo.
As pessoas que procuravam Shirley, passaram a se beneficiar de curas miraculosas e, isto mexeu com as autoridades, principalmente com os profissionais da área médica.
Certa vez fora detida, e acusada de praticar a medicina ilegal, ou o curandeirismo...
Numa oitiva (audiência judicial), foi argüida a dar explicativas ao juiz, e na presença de seus acusadores, praticou sua autodefesa maravilhosamente bem, pois, seus amparadores e mentores colocaram as respectivas palavras em seus lábios:

A audiência

Pergunta-lhe o pretor:
Dona Shirley, está ciente das acusações formuladas contra a senhora.
- Sim, curandeirismo, bruxaria, etc...
- Bem, o que a senhora tem a dizer a respeito?
Excelência, com todo o decoro (decência), peço ao meritíssimo que faça essa pergunta às pessoas que dizem-se curadas, e que estão aqui em frente do Foro de Justiça...
- A senhora deve ser mais concisa na sua resposta!
- Sou inocente, excelência!
- Então vou dar chance para que, a senhora se explique detalhadamente...
- A senhora é, ou não é uma curandeira!
- Absolutamente, não! – não sou mata-nos, senhor!
- Por favor repita essa última palavra, explicando-a.
- Excelência, serei curta na minha fala, mata-sanos, é o mesmo que curandeira!
Acontece que a sua clarividência era fenomenal, e tomada pelo espírito, diz ao juiz:
- Doutor, o senhor tem um filho que sofria de câncer!
O juiz, pautou-se em ouvi-la, sem manifestar-se de imediato...
E, a bruxa complementou:
- Estes mesmos acusadores de minha pessoa, nada puderam fazer a ele, mas, já não sofre mais deste mal!
Mediante tais palavras o juiz emocionado, prorroga aquela sessão para o dia seguinte.
Era um câncer de pele em estágio avançado, quase terminal.
Aquele provecto magistrado, chegou ansioso em sua casa e foi direto procurar o seu querido filho, que possuía um enorme cratera em sua face, aberta pela doença maligna.
Atônito, vê aquela criança feliz e com sua face refeita, parecendo que nunca tivera um arranhão em seu rosto.
Aquela noite o juiz não dormiu, pernoitou meditando profundamente naquele milagre, enquanto seus acusadores conjeturavam entre si:
Queremos ver amanhã, qual será a defesa dessa coitada, que não tem embasamento legal, além, de comprovar a sua própria culpa com esse engodo de ter curado o filho do juiz...
- Essa coitada é, realmente uma louca!
Porém, todos eles estavam de certa maneira preocupados com a pequena multidão que se aglomerara na frente do Foro em protesto a favor de Shirley.
Shirley, por sua vez, transpirava (emanava) muita tranqüilidade.

Segunda sessão daquela audiência.

O juiz teve a hombridade de narrar o fato e, “contra fato não há argumento”.
O advogado de acusação, pervagou em suas idéias expressas, dizendo:
Meritíssimo esse assunto foge aos autos processuais!
Concordo doutor, porém, eu pessoalmente concluo este processo com a fiança de meu próprio bolso, para que dona Shirley responda-o em liberdade, se fosse o caso!
O advogado quis insistir, porém, o causídico de defesa replica defendendo-a da acusação sem fundamento legal.
Avocando a Santa Inquisição, pela qual a igreja católica mandou queimar pessoas vivas que se dissesse praticante de bruxaria e, conclui:
- Com toda a nobreza... excelência, estamos na idade média?
O juiz não gostando muito daquela pergunta, bate o seu martelinho de madeira sobre a mesa magistral e encerra aquela sessão.
Resumindo, neste período "caviloso" (traiçoeiro) na vida de Shirley, a Bruxa do 120, ela ficou mais conhecida ainda, e com o decorrer dos dias, passou a ser visitada pelo próprio juiz, que era espírita convicto.
Aqui cabe uma explicação: Shirley era vulgarmente conhecida como a Bruxa do 120, pelo simples fato de morar perto de uma rodovia, exatamente no seu quilômetro 120, próxima a uma pequena cidade do interior...
A consciência mental daquela bruxa era destituída de vaidade humana, então cumpria-se nela o bem-estar perenal dos mais evoluídos na escalada infinita da eternidade.
Sua aura era realmente expandida de maneira que, não necessitava de impor as mãos, ou induzir quem dela se aproximasse, e suas curas eram efetuadas com a mais sutil fórmula de se sarar pessoas.
Daí... o seu carisma estar à flor de sua pele, era persona grata por onde quer que passasse.
Ratificamos, “não se pode agradar gregos e troianos” – caso contrário, Jesus e o Batista, não seriam mortos pelos religiosos fariseus...
Todos os mortais que dela se aproximassem, sentiriam-se muito bem, portanto, era muito querida por todos.
Não pregava nenhuma espécie de cura, apenas, a cura da alma, dizendo: Quando cura-se a alma, sara-se também o corpo somatizado nesta vida.

Os médicos

Shirley, foi consultar um dos médicos que a acusou de bruxaria, pois, andava nauseabunda (enjoada, com náusea) naqueles dias...
O médico ficou meio chocado com a presença da bruxa em seu consultório e, rispidamente pediu a ela que se retirasse.
Shirley, simplesmente insistiu no juramento hipocrático do médico, dizendo-lhe:
Doutor, com todo o respeito, como fui inquirida a me defender em juízo, pela sua autoria, sinceramente não gostaria de fazer o mesmo com o senhor, apenas venho me consutar, posto que confio na sua capacidade médica.
O médico, não vendo outra saída, posto que já havia constatado a erudição da bruxa lá no parlatório jurídico, e a atendeu de bom-grado, mediante sua humildade.
Porém, passou a dizer coisas inefáveis àquele doutor borra-botas, e com palavras eivadas (contagiantes) de amor e carinho, com sua aura expandindo e limpando todo aquele ambiente, encerrou:
Doutor, o senhor nasceu para ser médico, profissão nobre, um verdadeiro sacerdócio, porém, hoje pensa-se apenas no dinheiro e na fama, o que não condiz com o não menos nobélico Hipócrates, o pai da medicina.
Porém, eu sofri muito na minha adolescência e passei pela faculdade da prática e da experiência etérea, e os fenômenos me assediaram sobremaneira, fugindo ao meu controle, então não tive escolha, aderi-me completamente ao meu informal trabalho de apenas falar e escrever palavras de alívio as almas que sofrem, e que os hipocráticos nada podem fazer...
Aquele profissional da área, ficou com os olhos esbugalhados, rasos, e umedecidos, e emudecido ganhava para receber uma bela consulta da mística criatura do astral, a Bruxa do 120.
Doutor, passe-me a receita, e estarei deixando o senhor continuar com o seu trabalho...
O médico aventou em não cobrar aquela consulta, já que somente ouvira muitas palavras e, ao menos auscultou (examinou) Shirley, que não lhe dera trégua.
Não posso faltar com a cosmoética doutor, estou no seu território profissional e, posso pagá-lo pelos seus serviços, caso não pudesse pediria com humildade a sua caridade juramentada, obrigada doutor, seus honorários já foram efetuados à sua assistente administrativa, ou à sua secretária...
Na concepção do médico, uma mera bruxa, criatura das trevas, não poderia falar escorreitamente (corretamente), e com palavras que até ele teve de recorrer ao dicionário para entendê-las, e pôde perceber que Shirley não bostejava, reconhecendo que se tratava de uma exegeta (intérprete), e erudita em assuntos filosóficos.
A recidiva foi contumaz, ficou muitas vezes com aqueles sintomas, voltando ao médico que a acusara, parecendo um caminho espinhoso a ser trilhado, porém, glorioso e fantástico.
E, em muitas consultas, ouvira daquele médico:
Shirley, sou seu admirador, só não posso entender uma coisa, você cura e limpa ambientes, e não cura-se a si mesma...

Doutor sei que o senhor é muito religioso, então sabe perfeitamente que, santo em sua terra não faz milagres, e, que tal essa passagem bíblica:

Lucas: 23
39 Então um dos malfeitores que estavam pendurados, blasfemava dele, dizendo: Não és tu o Cristo? salva-te [a ti mesmo] e a nós.

Estou frustrado, pois, nada posso contribuir para sua cura, aliás, nem descubro-a.
Não se preocupe doutor, sou um repositório que não sabe fazer limpeza extra medicinal d’alma, por este motivo plasmo doenças de outros seres humanos...
Sou um ignorante pára-raios, que perdeu o condutor de descarga, terra.
Aquele médico por si só, passou a compará-la com outros seres humanos que deixaram seus nomes escritos na História da civilização, e rivalizando, concluiu que todos sofremos para a purificação de nossas almas.
Estudando a biografia de cada ser admirável que por aqui passou, pôde constatar com consciência que, de Jesus a Buda, existiu muita resignação e sofrimento na vida de sábias criaturas, arrependendo-se amargamente em acusar a Bruxa do 120.
Lembrou-se de Jesus, quando Ele estava pregado no lenho do madeiro, crucificado por pessoas cultas como ele, os religiosos e doutores da lei, até Pôncio Pilatos, o maioral deles e que, lavou suas mãos, acovardando-se em sua defesa, para agradar os poderosos da época.
E, o povo bradava: Dizes que salva o mundo, porém, não salvas-te nem a ti mesmo...
Shirley, vive longos anos, e deveria deixar alguém como sucessor, e convocou aquele que fora seu grande inimigo, o médico que lhe acusara e tratara de sua enfermidade, doutor Fonseca, era o seu nome.
Fonseca era mais jovem do que Shirley e, abnegado se doou ao benemérito trabalho de Shirley.
Logo surgiria o Instituto 120, em alusão à Bruxa do 120, uma entidade de estudos cósmicos e paranormais, na conscientização de ensinos esotéricos.
E a história se repete, aquele instituto iniciou-se por filantropia pura, mas, com o andar da carruagem, o doutor Fonseca perdeu as rédeas sobre aquele instituto altruísta e, seus próprios filhos usurparam-lhe o lugar e fizeram do local um grande mercado para amealhar fortunas.
Leitor amigo, “os dedos das mãos não são iguais”, velho ditado, porém, verdadeiro na sabedoria popular, se você sofre pela ignorância do seu mais íntimo parente, conforme-se, assim é esta vida, nada aqui é perfeito.

A vida é, verdadeira escola de aprendizado da alma, da mente, do espírito, não importa o rótulo.

A tolerância deve prevalecer como verdadeiro fim de nossos ideais, de outra maneira será bem pior, continuarão as guerras e desavenças pelo vil metal, e a malévola vaidade do poder despótico, a exemplo da “Guerra Santa”, e da “Santa Inquisição” que sempre enxovalharão a nossa memória de muitos de muitos séculos históricos.

Enquanto, escrevo essa história, toca o telefone, e como estou escrevendo a sós na minha casa, atendo-o e ouço a voz da bruxa irradiante a me dizer que ficou noiva de um ‘jovem-velho” engenheiro, e que está radiante de felicidade, embora, tenha até abdicado de um se casar.
Fico muito feliz por ela, gosto muito dela, via-a crescer e sei que sua índole é muito boa, sempre praticando o bem, e o mais importante é, que faz essas coisas movida pelo seu bondoso coração.
Por longos anos de sua juventude, sempre praticava suas leituras de cartas gratuitamente, e quando precisou cobrar suas consultas para sobreviver, sofreu muito, lutou muito com seu interior, mas, deram-lha a anuência para sobreviver de seu golorioso dom de clarividência.
Só posso esperar que o seu casamento com o tal engenheiro não venha acabar, como de outras vezes, dois “jovens-velhos” apaixonados, isto até que é bonito...
Ah... também lhe falei que estava escrevendo um livro inspirado em sua vida, e ela disse-me estar sobremaneira lisonjeada, como personagem de um livro.
Finalmente perguntei do Instituto 120, e ela me respondeu que havia se afastado de lá pela ocasião da morte do doutor Fonseca, conversamos mais um pouco, e nos despedimos...

Assim vivem muitos bruxos anônimos...

Obra de auto-ajuda